sábado, setembro 27, 2008

O Caminho da nossa aceitação pessoal



Ante o frio,


faz com o coração


o contrário do que fazes com o corpo:


despe-o.


Quanto mais nú,


mais ele encontrará


o único agasalho possível


- um outro coração.

Conselho do Avô

A Chuva Pasmada - Mia Couto

sábado, setembro 20, 2008

Um dos melhores apanhados que já vi

Todos estamos habituados a correr, não parar. Como se uma mola de ansiedade, falta, descoberta, nos impelisse a estar sempre em acção. Nem sempre há paragens para reflectir. E parar, significa mergulhar num universo onde sensibilidade e razão se cruzam e nos guiam a um mergulho interior

Este apanhado, com muito sentido de humor, provocou uma relexão conjunta. Vale a pena verem:

http://www.gadling.com/2008/02/01/best-prank-ever-stopping-time-at-grand-central-station

domingo, setembro 07, 2008

Segredos e Fragilidades


Na história do Principe de Orelhas de burro, o barbeiro ao ver as orelhas e não pudendo partilhar esse segredo com ninguém, escavou um buraco na terra para onde o gritou. Acho que devemos ter consciência quando alguém nos conta algo intimo da sua vida devemos guardá-lo para nós ou gritar para um buraco idêntico. Um segredo, um facto intimo exige muita força interior quer para ser contado quer para ser guardado.

É super desconfortável termos acesso aos dados intimos de alguém sem ter sido o próprio a revelá-lo. Sinto-me sempre, nessas situações, como espia de uma vida alheia. Não gosto. Assim como detestaria imaginar que os meus segredos, a minha intimidade que conto meus aos meus amigos pudessem ser conhecidos por pessoas não autorizadas a entrar no meu espaço reservado.

Por essa razão cada vez que me exponho escolho sempre muito bem as pessoas perante quem o faço porque de outra forma sei que me sentiria traida.


( Desculpem se lerem e não entenderem nada. Mas hoje este texto tem a função do buraco na terra do Barbeiro)

quarta-feira, setembro 03, 2008

Aprendizagens Sensitivas e Emotivas Interessantes




Hoje descobri/ experienciei uma série de espaços mentais novos:






- É muito importante primeiro ouvir e observar e depois falar. Temos dois olhos, duas orelhas e apenas uma boca

- A autenticidade é rara e por isso tão valorizada


- Do 1 ao 100 há um ciclo que termina connosco a dar tudo mas conscientes das defesas que abalam


- O amor pode ser a força motriz que nos faz desbloquear


- Não podemos estar sempre em regime de autenticidade pura porque senão não aguentamos o desgaste e frustação emocional



- É muito bom e raro poder estar na companhia de alguém com quem podemos chorar, sentirmo nos protegidos,relaxar, rir, aprender e ser dádiva e receptor de cura


- O conhecimento do outro exige disponibilidade interior, paciência e uma grande dose de aceitação, primeiro de nós mesmos,depois do outro
Há uma co-responsabilização muito grande nas mágoas e desilusões que os outros nos revelam.
Percebi finalmente que se tivesse observado mais, ouvido mais e esperado pelas estações, pelas sementeiras que crescem, teria podido evitar tanto espanto com a género humano!
Finalmente percebi que não adiantar forçar o rio a correr mais veloz, que a macieira dê maçãs rápido. Tudo tem o seu tempo cósmico de acontecer. Não vale a pena forçar a vida.
Maísa Pé de Rosa